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domingo, 22 de maio de 2011

Depoimentos

Oi! Hoje vou postar algumas matérias qua saíram na revista Capricho, que tem uma coluna dedicada ao combate ao bullying, onde as pessoas mandam depoimentos.

“Participei de uma campanha contra o bullying no colégio”

Nem tudo em relação do bullying é tragédia ou histórias
tristes
. Uma leitora da revista Capricho, 15 anos, de Fortaleza (CE),
mandou sua história contando como um trabalho de sala de aula serviu para
conscientizar várias pessoas sobre o problema.


“Eu faço parte de uma campanha contra o bullying. Tudo começou na
minha escola, no ano passado, durante um trabalho de marketing sobre violência. 
Meu grupo escolheu o tema bullying para discutir com o seguinte slogan:
Bullying: A palavra que deixa marcas‘. Nós nos dedicamos muito, pois
não víamos aquilo como apenas um trabalho, era uma campanha que queríamos que
continuasse. Falamos com pessoas que sofreram bullying, entregamos folhetos na
rua, criamos camisetas, bottons, cartazes e vídeos para que as pessoas
conhecessem o assunto.  Isso funcionou de um jeito que as pessoas que
praticavam bullying, algumas até mesmo sem saber, se uniram a nós no
movimento.”

A psicóloga Patrícia Zugaib falou sobre como é importante o
envolvimento dos adolescentes no combate ao bullying. “Na medida em que
todos se conscientizam que não deve haver preconceitos, que não há necessidade
de humilhar as pessoas e que ninguém é melhor do que ninguém, eles começam a se
colocar na posição daquele que sofre o bullying. Essa atitude é muito
importante, pois é um passo para começar a diminuir o problema.”, contou.


“A diretora disse que o que estava acontecendo era culpa minha”


A leitora A.G., de 15 anos, mandou seu depoimento  contando sua
história. O caso dela foi tão grave que ela teve que tomar uma medida extrema:
parar de estudar.
“As pessoas da minha escola fizeram um blog sobre mim, inventando mentiras,
me xingando e criando boatos. Falei com a diretora do meu colégio sobre isso,
mas ela não deu a mínima. Um tempo passou, e eu percebi que até alunos bem mais
velhos que eu me zuavam por esse blog, inclusive com ameaças. Novamente recorri
à diretora, e ela disse que eu era manipuladora e tudo que estava acontecendo
era culpa minha. Por isso, parei de estudar.”


A psicóloga Gabriela Vaz comentou o assunto dizendo que as escolas precisam
de um preparo melhor para lidar com esse problema. “Tem que haver um trabalho em
conjunto entre a escola e o aluno. É preciso ter um psicólogo na instituição e
palestras com orientação para conscientizar os alunos. O problema do
bullying não fica apenas restrito ao ambiente escolar, isso pode se
refletir em qualquer tipo de relação social que essa pessoa possa ter daqui para
frente. Dificilmente será um estrago irreparável, mas, às vezes, é necessário
buscar ajuda”, conta.


Em casos como o da A., é importante contar com o apoio dos pais frente à
escola. É importante deixar bem claro para a diretoria que o bullying
é, sim, algo que deve ser resolvido também pela instituição de ensino.

“Mudei de escola, mas as marcas do bullying ainda não sumiram”

A leitora C. L, de 15 anos, mandou seu depoimento para gente
contando seus problemas. As agressões com ela foram tão graves que, além de
largar a escola, ela teve que começar a ter acompanhamento psicológico.

 
“As pessoas costumam me zoar desde pequena e nessa época eu nem me importava,
mas percebi que com o passar dos anos, as zoações frequentes começaram a
influenciar e atrapalhar a minha convivência com meus colegas. Eu cheguei a
entrar em depressão, pois não conseguia mais me relacionar com as pessoas. Os
garotos do colégio não olhavam para mim e só me atacavam, me chamavam de gorda,
nojenta, até de diabo já me chamaram. A gota d´água foi quando uma
colega levou um cano de PVC na escola só para me agredir.
Eu consegui
escapar da agressão e fui contar para a diretora sobre o problema. Ela não tomou
nenhuma atitude a respeito e ainda me acusou de estar mentindo por querer ser a
“queridinha” de todos. Eu mudei de escola, mas as marcas do bullying
ainda não sumiram. Hoje faço tratamento para lidar com o problema.”

 
Para a psicóloga Célia Mello, mudar de escola é uma última
saída. “Cada caso é um caso, já que existem adolescentes que conseguem se
defender sozinhos, sem a ajuda dos pais ou da coordenação da escola. Mas
acredito que a troca do colégio seja uma medida extrema a ser tomada.

Essa menina já faz tratamento, o que pode ajudá-la a superar esse problema, mas
esse trauma pode se tornar parte da personalidade dessa pessoa.”, explica.

 
Ou seja, mudar de escola até pode ser uma solução, mas nem sempre resolverá
os problemas deixados pelo bullying.




Crédito pelos depoimentos:  Revista Capricho

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